sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Rio de Janeiro continua lindo....


Fui convidada pela Galeria da Gávea (galeriadagavea.com.br) para assistir a um bate papo com André Rouille, professor da Universidade Paris 8 e um dos grandes nomes da fotografia e da arte contemporânea. Um de seus livros - A fotografia: entre documento e arte contemporânea, foi traduzido recentemente aqui no Brasil. (São Paulo, Ed. Senac, 2009). É também diretor do site paris-art.com (paris-art.com).
A conversa foi longa, mas muito pertinente quando o assunto é a fotografia nos dia de hoje. André Rouille fala sobre  a arte dos fotógrafos e a fotografia dos artistas. Existe uma grande diferença entre os artistas que se utilizam da fotografia para expressar sua arte, e os próprios fotógrafos que tem em suas imagens agregadas o valor de arte. Porém, surge outra questão: fotografia é arte?
André Rouille fala também sobre as mudanças do rumo da fotografia com o surgimento da digital, que segundo ele não é fotografia. Ele diz que estamos vivendo a era do falso, e que devemos tecer a verdade através desta “falsidade” digital.
Na minha opinião, o fato de ser digital ou não, é mais uma questão técnica. Afinal, a tecnologia sempre fez parte do processo e é inevitável não acompanha-la.
Para mim, a fotografia tem que ter linguagem, ela tem que alcançar o outro como forma de comunicação, e sobretudo emocionar.
É sem dúvida um assunto que gera opiniões diversas, mas que é interessante discutir, ouvir e principalmente colocar em prática o nosso olhar, diante desse novo momento.
Saí do encontro com muitos questionamentos, repensando a fotografia, a minha fotografia, o que é muito bom, porque é isso que faz com que eu continue nessa jornada que escolhi e que acredito.
Como a  fotografia vai sobreviver? Perguntei a ele, e ele me respondeu: "nada é para sempre".
Tudo praticamente já foi fotografado, mas sempre se pode ter um novo olhar sobre tudo.